CASE CAPELINHA

Imagem do projeto CASE CAPELINHA

Ói o Capelinha aí ói!!! 

Capelinha é uma marca de picolé muito popular e tradicional da Bahia, que nasceu em 1972. Se tornou conhecida por conta do grande número de vendedores ambulantes independentes, das praias e ruas da cidade, que escolhiam vender a marca por conta da sua revenda fácil, referência de qualidade e preço baixo.

Em 2019, a marca Capelinha anunciou o encerramento de suas atividades, provocando comoção nos soteropolitanos. Em 2020, a marca foi comprada e precisava de uma estratégia de relançamento. Por se tratar de uma marca que se mistura com a história da própria cidade, paixão e memória afetiva de seus consumidores, era preciso criar uma identidade inspirada nas raízes baianas, que promovesse identificação.

A escrita dos cartazes de comércio popular foi a fonte de inspiração que deu origem à fonte Capelinha. Uma fonte criada para ter sua licença liberada, parte da estratégia de divulgação do nome. A fonte e a marca são fáceis de reproduzir "no olho", como deve ser a nova comunicação da marca. Simples, popular e cheia de baianidade. 

Assim como os cartazes feitos à mão, as letras de Capelinha não são exatamente iguais e não seguem uma proporção precisa. Elas possuem irregularidades e cada letra possui uma versão com medidas diferentes para serem usadas em conjunto, misturadas mesmo, deixando a comunicação com imperfeições humanas.

Da mesma forma que as casas das comunidades, e o comércio em feiras e ruas da cidade, a marca Capelinha tem um pouco de desordem e as letras quadradinhas se sobrepõe como caixotes de madeira. A cor escolhida para vestir a marca não poderia ser outra: o azul do céu das praias no verão de Salvador. Esse mesmo céu que há 50 anos serviu de paisagem para os picoleteiros venderem o mais desejado picolé da cidade. Mesmo nas embalagens super coloridas de Capelinha, o azul está lá, trazendo o verão da Bahia para cada mordida no picolé.

Além de todo o enxoval de venda (carrinhos, sombreiro, uniforme UV para vendedores da praia, carros, caixa, isopores.), merecem destaque as frases em "baianês" no palito. Uma estratégia pensada para, não só reforçar a identidade com a Bahia, mas motivar fotos instagramáveis. Os palitinhos fizeram tanto sentido para os consumidores, que até viraram itens colecionáveis.